"Borges costumava dizer que a ideia de literatura realista é realmente moderna, remontando talvez ao século XIII, com as sagas escandinavas ou com o romance picaresco. Antes disso, entendia-se que todo escritor se referia a lugares distantes, imaginários muitas vezes, ou a um passado remoto, distante da realidade em que se inseria o autor. A ideia de que o autor devesse ter compromissos com sua época, relatando fatos cotidianos ou emitindo opiniões sobre está ou aquela corrente política, por exemplo, é algo novo. Há inclusive aqueles que acreditam - e o próprio Borges seria um deles - que, em última instância, toda literatura é fantástica." (Viagem pelo Fantástico - "Os melhores contos fantásticos" - Flávio Carneiro).
Esta incrível reunião de contos, que inicia com um trecho do "Apocalipse", registrando a presença do fantástico desde o texto bíblico,
divide-se em 4 capítulos: 1. Da antiguidade ao puritanismo; 2. O apogeu do século XIX; 3. Atravessando o século XX; 4. O fantástico em bom português.
O eclético é a marca registrada desta coletânea. No capítulo 2, "O apogeu do século XX", estão, dentre outros, "A horla", de Guy de Maupassant, "O ladrão de cadáveres", de Robert Louis Stevenson, "William Wilson", de Edgar Allan Poe, "O elixir da longa vida", de Honoré de Balzac e "O jogador generoso" de Charles Baudelaire.
Em "Atravessando o século XX", estão presentes Quiroga, Kafka, Wilde, Lugones e, claro!, Borges e Cortázar, com, respectivamente: "A insolação", "Josefina, a cantora ou o Povo dos Ratos", "O foguete notável", "Os cavalos de Abdera", "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" e "Carta a uma senhorita em Paris".
Já no surpreendente "O fantástico em bom português", Machado de Assis é representado com "As academias de Sião", Aluísio de Azevedo com "Os demônios", Eça de Queiroz e "O defunto".
Boa leitura aos que se aventurarem nesta interessante viagem ao mundo fantástico!
Esta incrível reunião de contos, que inicia com um trecho do "Apocalipse", registrando a presença do fantástico desde o texto bíblico,
divide-se em 4 capítulos: 1. Da antiguidade ao puritanismo; 2. O apogeu do século XIX; 3. Atravessando o século XX; 4. O fantástico em bom português.
O eclético é a marca registrada desta coletânea. No capítulo 2, "O apogeu do século XX", estão, dentre outros, "A horla", de Guy de Maupassant, "O ladrão de cadáveres", de Robert Louis Stevenson, "William Wilson", de Edgar Allan Poe, "O elixir da longa vida", de Honoré de Balzac e "O jogador generoso" de Charles Baudelaire.
Em "Atravessando o século XX", estão presentes Quiroga, Kafka, Wilde, Lugones e, claro!, Borges e Cortázar, com, respectivamente: "A insolação", "Josefina, a cantora ou o Povo dos Ratos", "O foguete notável", "Os cavalos de Abdera", "Tlön, Uqbar, Orbis Tertius" e "Carta a uma senhorita em Paris".
Já no surpreendente "O fantástico em bom português", Machado de Assis é representado com "As academias de Sião", Aluísio de Azevedo com "Os demônios", Eça de Queiroz e "O defunto".
Boa leitura aos que se aventurarem nesta interessante viagem ao mundo fantástico!
(Os melhores contos fantásticos - Flávio Moreira da Costa - Nova Fronteira/2016)